Em 13 de Julho de 1793, um sábado, por volta das 19 horas, uma jovem originaria da cidade de Caen e defensora dos ideais girondinos se apresenta a porta da casa de Jean Paul Marat, no numero 30 da Rue dês Cordeliers. Era a terceira vez que ela batia a porta de Marat, naquele mesmo dia, dizendo possuir uma lista de inimigos da revolução. A bela jovem chamada Charlotte Corday, trajando o seu imortal vestido listrado, e recebida por Marat que se encontrava mergulhado numa banheira em seu costumeiro banho medicinal, destinado a aliviar as dores e o odor terrível que sua doença de pele exalava. Marat colocou uma tabua sobre a banheira e a cobriu com um pano verde, improvisando assim uma mesa para que pudesse trabalhar enquanto estivesse no banho. Na sua cabeça estava enrolado um pano encharcado de vinagre destinado a aliviar suas dores de cabeça. Charlotte entrou e se sentou em uma cadeira ao lado da banheira, logo após entregar a Marat a suposta lista. Ele havia copiado apenas dois dos muitos nomes que havia no papel, quando sua noiva saiu do aposento para buscar água. Charlotte então pegou um punhal, que ela havia escondido debaixo do vestido, e desferiu um único golpe fatal contra o peito de Marat – de acordo com um medico dentista que analisou o corpo ainda dentro da banheira, o golpe atingiu poucos centímetros abaixo da clavícula do lado direito, entre a primeira e a segunda costela. O ferimento tinha a profundidade de um dedo indicador, havia perfurado um pulmão e rompido a carótida. A morte foi rápida e Corday nem mesmo tentou fugir; sendo interrogada pela primeira vez ainda na casa da vitima. Poucas horas depois uma multidão já cercava a casa de Marat, alarmada com a notícia do assassinato. Guardas nacionais conduziram Corday para a prisão onde foi novamente interrogada.
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